quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Confissão e Absolvição.

Quando se fala de confissão e absolvição, ninguém melhor que Jesus para servir de exemplo para a prática da confissão e absolvição. Conhecedor  do coração de todos os homens, Jesus pode de maneira prática consolar com o perdão por palavras. Isso é mostrado na Bíblia em Mt 9.2 e Jo 8.10-11.

Durante a história da Igreja Cristã, o foco da confissão e absolvição se desviou nos séculos que procederam a Reforma, daquilo que era ensinado nos primórdios da igreja. Passou a ser obra meritória e não graça de Deus para com o ser humano. Já após a reforma o reformador insistiu na sua prática, pois ele viu na confissão e absolvição individual um recurso na preservação da doutrina da Igreja Cristã e um melhoramento na cura d’ almas (pastor).

Na realidade, as palavras da ordem de Jesus, ao instituir o Ofício das Chaves, nos mostram que as Chaves pertencem a toda a congregação e a cada membro da congregação cristã. Por conseguinte, este poder é designado para a reconciliação privada dos irmãos na fé, bem como para a admoestação e consolação fraternas. Essa prática é muito importante e deveria ser praticada pelas comunidades cristãs.

Por isso a teologia luterana tem em alto valor a confissão e absolvição individual devido a sua doutrina. E neste ensino destaca-se a cura d’ almas como meio de providenciar consolação, perdão, fortalecimento, conselho e instrução. A presença da congregação local, no exercício do Ofício das Chaves, assegura a presença e ação de Deus na vida da pessoa.


Portanto, a existência da congregação local, com seu ofício ministerial, é a base para a prática da confissão individual. E é na congregação que este ministério da conciliação efetivamente está baseado, assegurado, sustentado e precisa ser exercitado. No entanto não se deve deixar de lado a relação fraternal entre todos os membros da igreja.

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